sábado, 17 de dezembro de 2011

Como escolher os melhores vinhos para a mesa de Natal


Nesta quadra festiva o Bar Cantinho da Neusa deixa-lhe algumas ideias para que possa harmonizar da melhor forma as suas refeições de Natal, encantando familiares e amigos. De norte a sul do país o menu gastronómico de Natal é muito diversificado e como tal assim devem ser as escolhas dos vinhos que acompanham os pratos.


Para o bacalhau com todos abra um vinho branco “descomplicado”, com pouco ou nenhum estágio em barrica de madeira, como o D. Graça Reserva Branco. Habitualmente o “fiel amigo” é regado em abundância com azeite e há quem o acompanhe com um vinho tinto. Se optar por este tipo de vinho sugerimos um exemplar da região das beiras, com acidez que e taninos moderados.
O bacalhau no forno começa a surgir com alguma freqüência na mesa dos portugueses e, como normalmente acontece com os pratos confeccionados no forno, pede um vinho mais estruturado. As nossas sugestões recaem sobre dois vinhos brancos únicos e complexos, no Arenae Malvasia, do terroir singular de Colares e com estágio em barricas de madeiras exóticas, e no Vinha Antiga Alvarinho Escolha, um atípico vinho verde também estagiado em madeira.
Quando adicionado à mesa, o tradicional vinho tinto resulta num comprovado bom casamento com as iguarias do forno, mas experimente algo diferente! Porque não um espumante com idade e bem envelhecido em barrica? Tente-se com o Murganheira Velha Reserva Bruto 2000.
O polvo, confeccionado à lagareiro ou em arroz, por ter uma intensidade de sabor moderada, combinará melhor com vinhos de características idênticas. Dê preferência a um branco seco, ao estilo do alentejano The Lost Village Verdelho.
Os assados de carne, como o peru, o capão, o leitão, o cabrito e o borrego, fazem parte do roteiro gastronômico nacional, em particular na época do Natal. A ligação ao vinho destes elaborados pratos deve ser cuidada, pois com muita facilidade qualquer um dos acepipes referidos pode ofuscar um vinho mal selecionado. Para as aves recomendamos brancos ligeiramente acídulos, aromáticos e untuosos, como o Casa da Atela Gewürztraminer ou tintos equilibrados e mediana mente encorpados, como o Monte Cascas Douro Reserva. No caso das carnes vermelhas no forno, por terem mais gordura, combinarão na perfeição com vinhos “decantáveis”, quer sejam brancos de idade avançada e com estágio em madeira, como o Luís Pato Vinha Formal, ou tintos mais robustos como o Aurius da Quinta do Monte d’Oiro. Alargue horizontes e experimente aliar estes pratos gordos à acidez refrescante do Crémant da Borgonha Charles Pelletier Grand Réserve Rosé Brut.
No tocante a sobremesas, também aqui a abundância é farta: do bolo-rei aos doces ricos em ovos, passando pelas broas, filhoses, sonhos, coscorões, frutos secos, tronco de natal e um sem número de outros deleites. De um modo geral costuma referir-se que um vinho deve ser sempre mais doce do que a sobremesa que o acompanha. Para além disso há que ter em conta a estrutura do próprio vinho e, para doces possantes como os de Natal, sugerimos sobretudo vinhos licorosos. Um exemplar de excelência para esta quadra é o Moscatel do Douro de 1989. Se ainda assim lhe souber a pouco, deixe a refeição findar entre conversas e um cálice de Sandeman Porto Vau Vintage 1999.
Com este pequeno apanhado esperamos vir a contribuir para que as suas refeições de Natal sejam ainda mais deliciosas.

Partilhe conosco a experiência das suas refeições natalícias e os vinhos que as acompanham, comentado abaixo.

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