quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Vida sexual depois dos 40

Na juventude tanto homens quanto mulheres desfrutam do vigor de seus corpos, da grande quantidade de libido disponível e facilmente liberada e da disposição sexual. Conhecem seus corpos desde a adolescência e agregam aquilo que suas experiências sexuais o fizeram experimentar.
Por volta dos 40 anos começam a surgir incômodos, a relação sexual já não é tão satisfatória, a frequência reduz drasticamente, os casais não falam de suas dificuldades, as frustrações interferem no relacionamento, e muitos casais chegam a se separar neste momento.
Mas porque isso acontece por volta dos 40? Porque essa insatisfação é tão frequente? O que fazer para voltar a ter uma vida sexual satisfatória?
Assim como na adolescência, em que nossos corpos passam por grandes modificações hormonais, orgânicas, estruturais. Entre os 40 e 60 anos outras mudanças também ocorrem, porém menos drásticas do que na adolescência. Poucas pessoas notam essas modificações e muitas não relacionam a elas as alterações que ocorrem no corpo e na vida.
A menopausa e a andropausa não são determinantes para o fim da atividade sexual, mas é um período em que a pessoa precisa se readaptar a seu próprio corpo e ritmo de funcionamento.
A andropausa, atualmente denominada Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino, é caracterizada pela diminuição lenta e gradativa dos níveis de testosterona. Seus principais sintomas são diminuição no desejo sexual, alteração no desempenho e na frequência sexual, diminuição na qualidade das ereções, ejaculação precoce, cansaço físico e mental, insônia, alterações no humor, perda de massa muscular, aumento de gordura da região abdominal, perda de pelos e alteração da textura da pele, que fica mais fina e em alguns casos pode apresentar osteoporose. Doenças concomitantes e medicações também podem influenciar no desempenho sexual. O tratamento melhora os sintomas e a qualidade de vida. É recomendável consultar o andrologista para avaliação clínica e o psicólogo para tratar casos associados de estresse, depressão e dificuldades no relacionamento.
A menopausa também caracterizada pela redução dos hormônios sexuais femininos, mas de uma forma mais acentuada que no homem. É demarcada pelo término da menstruação e assim da fase reprodutiva. É uma fase de modificação no organismo e podem aparecer os seguintes sintomas: suores noturnos, insônia, ondas de calor, menor desejo sexual, irritabilidade, depressão, dor durante a relação sexual, ressecamento vaginal, diminuição da atenção e memória. O tratamento ginecológico auxilia da redução dos sintomas e o acompanhamento psicológico busca fazer com que a mulher se relacione da melhor forma possível com as modificações que estão ocorrendo em seu corpo e em sua vida.
Essas modificações costumam afetar o casal e a adaptação precisa ser de ambos. O companheirismo e o diálogo são fundamentais. Uma terapia de casal pode trabalhar essas questões contemplando todo o contexto vivenciado pelo casal.

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